Boletim 46 Mai/2024
Boletim 46 Mai/2024
A Pesquisa de Produção e Vendas de Sistemas de Aquecimento Solar ganhou uma versão em inglês. A novidade tem por objetivo atender a uma demanda internacional. “Para nós foi fator de muita satisfação quando o mercado começou a solicitar que a Pesquisa tivesse uma versão em inglês, pois demonstra o reconhecimento desse trabalho tão importante para o nosso setor”, comenta o presidente da ABRASOL, Mauro Isaac Aisemberg.
2023 foi um ano de recuperação na produção de coletores solares térmicos, segundo a Pesquisa de Produção e Vendas de Sistemas de Aquecimento Solar. O levantamento mostra que com uma soma de 1,83 milhões de m² em volume de produção de coletores, o setor registrou leve aumento de 2,8% em comparação a 2022.
Os principais fatores que contribuíram para este resultado foram o mercado retraído e com muitas incertezas na área econômica, a falta de financiamento e linhas de crédito e ausência de incentivos públicos, inclusive em grandes projetos como o Minha Casa, Minha Vida.
A pesquisa identificou também o comportamento do mercado quanto as vendas regionais no ano em questão. A região sudeste foi responsável por 65% das vendas, seguida da região sul com 20%. A região centro-oeste representou 7%, enquanto o nordeste e norte representaram 5% e 3% respectivamente.
Com relação à distribuição das vendas nos segmentos de mercado, é possível observar que o setor mais significativo com participação ainda maior que em 2022 é o residencial com 84%, seguido por comercial/serviços com 12%. O segmento industrial representou 3% e o campo de projetos sociais ficou com apenas 1%.
Para 2024, a estimativa é de aumento de 12% com os seguintes fatores sendo considerados: aumento das obras da construção civil, instituição do Programa Nacional de incentivos ao uso de aquecedores solares de água para uso em residências (PL 3492/2023) e o favorecimento de acordos comerciais, especialmente com países da América Latina.
Para acessar a pesquisa na íntegra, clique aqui: https://abrasol.org.br/pesquisa-de-producao-e-vendas/
A diretoria da ABRASOL reuniu-se com representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Serviços (MDIC), para detalhar alguns pleitos apresentados pela Associação no final do ano passado, demonstrando que o setor está apto a atender processos térmicos até 150ºC.
O presidente da ABRASOL explicou que esses processos térmicos se constituem em solução fundamental para os desafios energéticos, ambientais e econômicos que o Brasil enfrenta. Para tanto, é fundamental que o governo crie medidas de fomento que permitam disseminar a tecnologia, principalmente dos sistemas termossolares.
O presidente da ABRASOL, Mauro Isaac Aisemberg, reforçou ainda a necessidade do governo dar visibilidade para os sistemas termossolares, bem como, disponibilizar verbas de programas de inovação tecnológica, para implantação dos sistemas em empresas, demonstrando os ganhos efetivos do uso dos equipamentos.
Como contribuição para o Programa de Neoindustrialização 2025-2026, a ABRASOL defendeu a inclusão dos aquecedores solares térmicos nas contratações públicas, especialmente porque trata-se de uma tecnologia 100 % nacional. Foram apresentados ainda os benefícios do uso da tecnologia do ponto de vista econômico, social e ambiental.
Finalizando a apresentação, Aisemberg mostrou o enorme potencial que o país possui para expansão da adoção das tecnologias termossolares, fator que deverá contribuir em muito para o impulsionamento da economia, promoção da inclusão social, geração de emprego e renda.
Sempre a frente com projetos que impulsionem o mercado de aquecedores solares térmicos, a ABRASOL segue buscando maneiras que tragam mais recurso e capacitação para o setor. Com esse objetivo em mente, a Associação disponibilizou uma nova edição do Manual de Boas Práticas para Projeto, Fornecimento e Instalação de Sistema de Aquecimento Solar.
A nova edição do material tem como finalidade harmonizar os requisitos recomendados para o projeto, fornecimento, instalação e comissionamento de sistemas de aquecimento solar e estabelecer níveis mínimos de instalação de centrais de água quente, principalmente com a utilização de aquecimento solar, trazendo melhorias na qualidade final entregue aos consumidores.
“O manual entrega um documento completo e objetivo para aqueles que fazem parte do segmento. Tivemos o cuidado de incluir cada detalhe do processo e explica-los de maneira simples e eficiente para a realização do trabalho”, explica Danielle Johann, diretora executiva da ABRASOL.
Em suma, vale ressaltar que, a partir dessa edição, o manual passará por revisões anuais com o objetivo de deixá-lo sempre o mais atualizado possível, a fim de refletir o processo dinâmico e evolutivo desse mercado.
Para ter acesso ao Manual de Boas Práticas, basta clicar aqui e realizar o download.
A diretora Executiva da ABRASOL, Danielle Johann, representou a América Latina, no 4º Meeting Task 69, realizado na Áustria, pela IEA SHC (International Energy Agency Solar Heating and Cooling), no último dia 9 de abril. O objetivo principal das discussões é como preencher a lacuna no conhecimento sobre o aquecimento solar de água e como fornecer diretrizes para o desenvolvimento dessas tecnologias até 2030.
O IEA realiza, através de Subgrupos, uma Força Tarefa para investigar quais tecnologias são mais apropriadas até 2030 para o aquecimento de água, considerando o desenvolvimento global da economia. Esse grupo de pesquisa foca em tecnologias que irão desempenhar um papel importante no mercado de aquecimento solar de água no futuro.
Dentre ela o uso do sistema de termossifão solar térmico, que não requer circulação bombeada, tem baixa necessidade de manutenção e custos de capital relativamente baixos e oferece potencial para desenvolvimento adicional por meio de sistemas de controle inovadores e monitoramento em tempo real, bem como integração com outros sistemas de energia residencial e comercial.
Participam do Task 69 pessoas do mundo todo. “Estamos chegando a um conteúdo muito interessante, principalmente por se tratar de uma tecnologia tão comumente utilizada como o termossifão, com baixo custo, mas com pesquisa e inovação tecnológica sendo realizada no mundo inteiro .”