Boletim I Agosto I nº41/2023

Boletim 41 Ago/2023

Editorial

Realização é a palavra que define o lançamento do programa QUALISOLAR. No último dia 29 de agosto finalmente entregamos ao mercado esse trabalho tão amplo e que contou com a colaboração de tantas pessoas.

É impossível não sentir o gosto do dever cumprido. O Selo QUALISOLAR está aí para todas as empresas que buscam a qualidade e o fortalecimento do nosso mercado.

Aliado a isso temos ainda mais motivos para comemorar. Depois de muito esforço, diversos contatos e reuniões, demos um passo enorme para convencer o governo da importância de incluir o aquecedor solar de água no programa Minha Casa, Minha Vida.

Paralelamente temos trabalhado para difundir novas tecnologias, como na palestra ministrada em evento do Senai sobre hidrogênio verde e divulgando dados do mercado pelo mundo, com a divulgação do relatório anual do IEA SHC.

O ano vem passando muito rapidamente, mas temos certeza que ele tem sido muito produtivo, e cada vez mais vislumbramos no horizonte novos tempos, em que as energias renováveis mostrarão o quanto são imprescindíveis para o crescimento econômico e a sustentabilidade das nações.

Luiz Antonio dos Santos Pinto
Presidente

ABRASOL faz lançamento oficial do QUALISOLAR

Danielle, Luiz Antonio e Dra. Elizabeth

A ABRASOL, realizou no dia 29 de agosto na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) o evento de lançamento do QUALISOLAR, o programa criado pela entidade tem como objetivo trazer mais transparência sobre os produtos disponibilizados no mercado.

Durante o encontro, o presidente da ABRASOL fez uma apresentação com detalhes sobre o programa. Cada fabricante terá que assinar um termo de compromisso e somente será aprovado após uma avaliação do Comitê Gestor, formado por alguns conselheiros da Associação.

O presidente Luiz Antonio dos Santos Pinto lembra que os laboratórios parceiros do programa é que vão validar as informações apresentadas pelas empresas, sempre mantendo os segredos de fabricação. Todos os produtos devem ser relacionados, para que então a empresa receba o Selo QUALISOLAR, que tem por objetivo garantir ao consumidor final a qualidade e conformidade do equipamento adquirido.

As empresas participantes terão direito a inclusão do Selo nos materiais de divulgação e nos produtos. “Acreditamos que esse Selo vai ser tão importante para o consumidor, quanto é o selo do Inmetro”, comenta o presidente.

Os próximos passos serão estender o Selo para as revendas, projetistas e outras categorias do setor. “Queremos fazer o acompanhamento do Selo a cada três anos e a divulgação para o mercado, parcerias com Sindicatos e construtoras, de forma que ele venha a ser requerido no setor da construção de maneira geral”, finaliza.

As empresas que aderirem ao QUALISOLAR deverão disponibilizar alguns dados construtivos da planilha de especificação técnica, de forma que seja possível conferir se o produto comercializado atende às exigências técnicas. “Sabemos que o Inmetro e o Ipem não possuem todo conhecimento técnico necessário e nem ”braços” para a fiscalização mais ampla. Logo, essa é a maneira que encontramos de contribuir com o trabalho dos órgãos públicos, proteger as indústrias idôneas e garantir que o consumidor receba um produto de qualidade.”

Também presente ao evento, a professora Dra. Elizabeth Marques Duarte Pereira, uma referência no mercado, contou um pouco da trajetória do setor na busca da qualidade dos produtos e da capacitação dos agentes,  lembrando que o consumidor do Minha Casa, Minha Vida, não tem condições de avaliar, de dar manutenção. “A gente tem que se responsabilizar e fico muito feliz da ABRASOL buscar para si essa responsabilidade.”

Encerrando o evento, a diretora Executiva da ABRASOL, Danielle Johann, agradeceu os presentes e ressaltou o empenho da entidade para dar corpo ao QUALISOLAR, fazendo um programa sério, que seja bom para o mercado, que promova uma competitividade leal e justa e que o consumidor realmente leve aquilo que foi Certificado. “Tudo isso alinhado com o Inmetro, que é a questão da autoregulação. E nosso próximo passo é tornar o programa “voluntório”, não é obrigatório, mas as pessoas e o mercado vão entender o valor que ele tem.”

ABRASOL dá passo importante para colocar o aquecedor solar no Programa Minha Casa, Minha Vida

A inclusão do aquecedor solar no Programa Minha Casa, Minha Vida tem mobilizado a diretoria da ABRASOL. Entendendo que essa tecnologia é fundamental para a redução de custos com energia elétrica nas residências, a Associação vem trabalhando junto ao novo governo, no sentido de mostrar a importância de ter essa fonte de energia renovável no projeto.

No último dia 12 de setembro, o presidente Luiz Antonio dos Santos Pinto e a diretora executiva, Danielle Johann, reuniram-se com o diretor do Departamento de Meio Ambiente Urbano (DMUR), Carlos Maurício da Fonseca Guerra, no gabinete da Secretaria Nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental, em Brasília, para apresentar o pleito do setor.

Além da inclusão do aquecedor solar no Minha Casa, Minha Vida, foram abordados outros planos para expandir o uso da tecnologia em áreas industriais, hospitais, prédios públicos e escolas. A pauta foi muito bem recebida pelo diretor, que reconheceu a importância do uso de energias solar térmica e demais energias renováveis na matriz energética nacional.

Depois dessa primeira conversa novas reuniões deverão ser realizadas no sentido de explorar a aplicação dos recursos do Programa de Eficiência Energética (PEE), da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

Para o presidente da ABRASOL, o resultado da reunião foi muito importante para garantir a presença do aquecedor solar no contexto das políticas públicas em prol da expansão da energia solar térmica. “Temos uma indústria madura e preparada para atender a uma demanda que é crescente. Além dos fatores ambientais, investir em energia solar térmica é gerar emprego e renda para o país.”

Palestra discute o uso do Aquecimento Solar e Hidrogênio Verde

O hidrogênio verde é um combustível obtido sem gerar emissões poluentes, ou seja, é sustentável. Produzido por meio de fontes renováveis de energia, como a solar, eólica, hidrelétrica, biomassa ou geotérmica, é considerada carbono zero, sendo um vetor energético chave para alcançar a descarbonização global e cumprir os compromissos assumidos para 2050 na luta contra as alterações climáticas.

Quem acha que as discussões sobre o tema ainda estão avançando e temos um longo caminho e importante caminho a percorrer, se engana redondamente. Recentemente a ABRASOL participou de uma palestra sobre o tema, promovida pelo Senai. Na oportunidade o engenheiro Jonas Rafael Gazoli, da Eudora Energia explicou as classes de aquecimento solar, as tecnologias de concentração solar, a tecnologia nacional e aplicações da concentração solar e finalmente o hidrogênio de baixo carbono.

Após a apresentação, os presentes puderam fazer perguntas que foram respondidas pelo engenheiro e pela diretora Executiva da ABRASOL, Danielle Johan. “Para nós da Associação é fundamental participar desse tipo de evento, que demonstra todo o potencial ds energia solar térmica e contribui para disseminar conhecimento.”

Relatório anual do IEA SHC traz panorama do uso da energia solar térmica no mundo

O setor de energia solar térmica registrou crescimento em 2022, de acordo com a edição 2023 do relatório anual de mercado do Programa de Colaboração em Tecnologia de Aquecimento e Refrigeração Solar, da Agência Internacional de Energia (IEA SHC), lançado em julho deste ano.

O relatório traz um panorama do uso de energia no mundo, e apesar dos resultados bastante positivos, de forma global houve uma retração de 9,3% em 2022, na comparação com 2021, em em dois mercados importantes: China e Índia.

Em 2022, foram instalados 17 GWth ou 24 milhões de metros quadrados de coletores. Com uma capacidade total de 540 GWth, a energia solar térmica está fornecendo aquecimento "verde" para 115 milhões de clientes em todo o mundo. Com um faturamento de US$ 19,1 bilhões, o setor emprega cerca de 389 mil pessoas.

Os países que tiveram o maior crescimento de área instalada de coletores em 2022 na comparação com o ano 2021 foram:

Libano 154%
Itália 43%
França 29%
Grécia 17%
Polônia 11%
África do Sul 9%
Chipre 5%

Tomas Olejniczak, ex-presidente do IEA SHC, observa o papel fundamental do setor de energia solar térmica, afirmando que, "com 17 GW de capacidade nova instalada em 2022, o setor de energia solar térmica provou novamente seu impacto significativo no avanço da neutralidade climática, não apenas nos mercados europeus e no setor residencial, mas também na escala global e nos setores industriais."

No geral o relatório apresenta dados que comprovam aumento da demanda por energia solar térmica. Alguns exemplos importantes podem ser vistos em diversos países que além de ampliar as áreas com coletores, também estudam projetos ousados de sistemas em grande escala até uma Usina Solar inovadora na China, com capacidade de 79,8 MWth.

Para o presidente da ABRASOL, Luiz Antonio dos Santos Pinto, os exemplos internacionais servem como importante fonte para mostrar aos gestores públicos o potencial energético que o país desperdiça ao não investir em sistemas eficientes de aquecimento solar térmico.

O relatório completo está disponível gratuitamente no site da IEA SHC (www.iea-shc.org/solar-heat-worldwide).

Fonte: Solar Heat Worldwide

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